"Todos os meus versos são um apaixonado desejo de ver claro mesmo nos labirintos da noite."
Eugénio de Andrade

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Transparências



Às profundezas
Do teu olhar
Assomei
Banhadas outrora
De luminosa transparência
De cristal…

Golpeada
Por negras e violentas
Enxurradas
Deixei-me arrastar
Na floresta submersa
Pela tempestade
E no rasto da tua alma
Me perdi…

O teu olhar
Agora procuro
Naufragado
Em todos os olhares
Que olho.
Para te conduzir
A porto seguro.

2 comentários:

  1. O olhar, essa bonita transparência...

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  2. É de facto uma bonira transparência, essa do olhar, só que, às vezes está tão carregado de nuvens, que é quase impossível lobrigá-la!
    Beijinho, Perla!

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