"Todos os meus versos são um apaixonado desejo de ver claro mesmo nos labirintos da noite."
Eugénio de Andrade

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Miminhos

Hoje, na minha escola, comemorou-se o Dia do Autor Português, tal como vem sendo hábito.

Porém, desta vez teve um gostinho muito especial para mim, uma vez que o autor português homenageado, foi…nem sei a que isto me soa…eu mesma.

A equipa da Biblioteca da escola resolveu publicar on-line, no seu blog, um conto meu, “O Rei-Bate-a-Pestana”, o que muito me honrou. A ilustração da capa esteve a cargo do meu colega-professor-pintor-poeta-vizinho-amigo (tantos epítetos para uma pessoa só!) Claro que depois de ter mandado a “pen” onde tinha o conto gravado, encontrei uma série de correcções que deveria ter feito, mas que já não puderam ser feitas no original. Agora já está. E desconfio que, de cada vez que eu ler o conto, encontrarei sempre acertos a fazer.

Hoje foi uma manhã muito cansativa, com a apresentação do livro na Biblioteca a todas as turmas do quinto ano, as minhas incluídas. Claro que aproveitei para divulgar as rimas que os meus meninos fizeram nas aulas de Língua Portuguesa e Estudo Acompanhado, porque eles também são Pequenos Autores, e nunca é de mais o que se faz para os incentivar a ler e escrever. E estavam bem compenetrados, a lerem os seus textinhos aos colegas de outras turmas!

Pois como ia dizendo: senti-me, claro, muito mimada. Mas, o que de facto me comoveu, e que eu considero o momento alto do meu dia de hoje na escola, sem menosprezar todo o carinho de que fui alvo por parte dos colegas, foram os testemunhos dos meus ex-alunos, que estão agora no nono ano, e que a Coordenadora da Biblioteca foi buscar às respectivas turmas, para me fazerem uma surpresa. E foi uma surpresa tão boa! Esses jovens fizeram-me sentir recompensada, ao confessarem que a professora deles dos quinto e sexto anos (eu, claro) tinha contribuído para desenvolver neles o gosto pela escrita e pela leitura, e que as aulas eram divertidas, havendo nelas lugar para a diversão e para o trabalho! Uma delas, menina que escreve muito bem, e que eu penso que irá dar que falar no círculo dos escritores daqui a uns tempos, afirmou que foi com as minhas aulas que descobriu que gostava muito de poesia. E senti-me orgulhosa deles. Estes testemunhos respondem à crítica que se insinuou levemente angustiante, de que eu massacraria os meninos com poesia! Está aqui o resultado. Que mais pode uma professora desejar? Perdoem-me a imodéstia, mas estou feliz!

Gracias a la vida…

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